" Das três cores que traduzem tradição "

terça-feira, 11 de março de 2008

NÃO COMEÇAMOS BEM...

Já de cara, no dia da abertura do blog mais tricolor da internet brasileira, me deparei com uma notícia espinhosa e desagradável, entretanto, ela serve para elucidar muitos fatos no mínimo obscuros da recente história tricolor. Segue abaixo um trecho do jornal EXTRA, que revela o motivo de termos andado à margem do futebol de alto nível por tanto tempo.

Dossiê revela esquema do Fluminense para driblar a Justiça do Trabalho

Carlos Brito e Guto Seabra - Extra

http://extra.globo.com/rio/materias/2008/03/08/dossie_revela_esquema_do_fluminense_para_driblar_justica_do_trabalho-426147632.asp

Às 14h20m do último dia 30 de dezembro, o comissário de bordo Daniel Gustavo Pereira de Jesus, de 22 anos, despencou da janela do apartamento 1.216 do Hotel Pestana, em Copacabana. Em poucos segundos, policiais do 19º BPM (Copacabana) e curiosos cercavam o corpo do funcionário da empresa aérea Air France, na Rua Domingos Ferreira. A morte foi imediata.

De maneira súbita - e trágica - chegava ao fim uma vida e a breve carreira na aviação, iniciada três meses antes. Três dias depois, seu corpo era enterrado no Cemitério Parque de Maringá, no Paraná, após velório na Capela do Prever. Mas a morte de Daniel se transformou em algo maior do que tristeza para seus familiares e amigos: a Polícia Civil a descobriu indícios de um esquema fraudulento , milionário, no qual o Banco Rural teria protegido o Fluminense Football Club do pagamento de dívidas trabalhistas cobradas por meio de penhoras expedidas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

As informações estão contidas num dossiê encontrado, por acaso, no quarto onde Daniel estava hospedado. Ao mexer na pasta do computador portátil da vítima, os policiais descobriram um fundo falso, que era usado para esconder os documentos.

O EXTRA teve acesso ao dossiê. São extratos bancários, demonstrativos financeiros, requisições de cheques administrativos, além de mandados de penhora expedidos por juízes trabalhistas. Há também documentos de controle interno dos saldos gerenciais da agência do Mercado São Sebastião, do Banco Rural, onde seriam realizadas as manobras financeiras para enganar a Justiça do Trabalho. A folha de apresentação do dossiê explica como o esquema era operado (veja o resumo no gráfico).

Suicídio ou homicídio?

De acordo com as informações, durante no mínimo quatro anos - entre 1999 e 2003 - pelo menos sete contas do clube, na agência do Rural, eram manipuladas para impedir o cumprimento de penhoras judiciais. Neste período, o clube era presidido por David Fischel, que disse desconhecer o comissário e negou o golpe (veja entrevista na página ao lado).

O EXTRA submeteu o dossiê à análise de cinco especialistas em contabilidade e operações financeiras. Eles afastaram a possibilidade de uma montagem e consideram que as movimentações financeiras que constam dos extratos são plenamente compatíveis com as acusações do dossiê.

Com base nos documentos, o delegado André Drumond, da 13 DP (Ipanema) abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Daniel. A polícia trabalhava com a hipótese de homicídio, mas o delegado deixou a delegacia no último dia 20 de fevereiro.

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